domingo, 23 de março de 2014

Vínculos se criam e se rompem. Nada mais do que a dinâmica da vida.

Quantas pessoas fazem parte da nossa vida atual as quais temos a certeza de que permanecerão em nosso convívio?
Não estou falando de morte, estou falando de vida mesmo.
Talvez dê pra contar nos dedos.

Mas por que será que é tão pouca se conhecemos tanta gente?

Todos sabemos que as pessoas vêm e vão, isso é muito comum. Mas são as oportunidades e os interesses que as trazem e que as acabam levando.

Sim, oportunidades e interesses.

Parece frio dizer isso, mas é a verdade.

Ninguém convive conosco sem interesse, seja ele qual for.
E quando surgir uma oportunidade para ter uma vida potencialmente melhor, todo esse interesse pode mudar.
Isso vale também para aquelas pessoas que você contou nos dedos, mesmo que dentre elas estejam amigos do peito, parentes, parceiros e, inclusive, filhos.

O mundo não é cruel por conta disso, nós é que somos cruéis com nós mesmos quando acreditamos em situações permanentes. Aliás, a única situação permanente que se pode manter é aquela na qual nós nos submetemos. A vida é dinâmica e tudo muda, exceto se eu não quiser mudar nada.

Portanto, se você tiver a certeza de que algumas pessoas vão permanecer em seu convívio permanentemente, é bom rever isso, porque vínculos entre pessoas podem ser mais sutis do que imaginamos e podem ser quebrados com uma facilidade surpreendente.

De qualquer forma, todo mundo já ouviu dizer que o importante é não esperar nada de ninguém. Não porque as pessoas não nos façam bem, muito pelo contrário, pois muitos convívios são marcantes e nos deixam lembranças boas, mas porque nem mesmo você pode garantir que vai continuar convivendo com alguém. 

Nem mesmo você pode garantir que seus interesses permanecerão imutáveis. 

Nem mesmo você pode garantir que será capaz de resistir a todas as oportunidades que surgirem para ter uma vida melhor, mesmo que para isso custe separar-se das pessoas com as quais convive.

Vínculos se criam e vínculos se rompem a todo momento, e "dessa água não beberei" não passa de uma teoria até que a oportunidade apareça.

Mas e o amor? O amor nem sempre tem algo a ver com nossas decisões. Ele até pode garantir o vínculo de nossa própria existência, mas não o da convivência.

Por isso aproveite o que há hoje e sobretudo não feche as portas para eventuais mudanças, porque todo mundo tem o direito de escolher aquilo que for melhor. 

Pelo menos essa é uma dúvida que ninguém tem. 


by Dalton Cortucci


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