A maioria de nós investe muito mais no conhecimento intelectual do que no conhecimento sobre si próprio.
Isso é fruto de uma cultura que valoriza mais a capacidade que os diplomas sugerem que as pessoas têm, do que a capacidade que as pessoas têm de usufruir desse conhecimento em meio às outras e consigo mesmas.
Parece complicado, mas não é.
Para entender melhor basta olhar o que acontece dentro das empresas, pois nelas existe muita gente trabalhando no lugar errado e, pior ainda, fazendo coisas das quais não gostam. As consequências desse descompasso chegam com o tempo. Pessoas que não têm prazer no que fazem tendem a sentir stress, perdem a motivação e despertam rapidamente o desejo de pular fora. Isso quando não adoecem por conta dessa situação, o que torna o cenário ainda mais trágico.
Não estou fazendo uma crítica, é apenas uma observação de fácil constatação.
Num quadro comum como esse, o mais importante é detectar onde reside o problema e promover uma mudança. Só que a falta de conhecimento sobre nós mesmos provoca uma enorme dificuldade de encontrarmos a real origem do que se passa. Nesse caso, é muito comum atacarmos as fontes erradas. A consequência desse erro é que o ciclo se repete. Mesmo que a princípio façamos uma mudança que incorra num certo alívio, a qual sugira que acertamos, o problema acaba voltando, e aí alguém diz : "procure uma terapia, pois o problema não é o trabalho, é você!".
Bem, o que eu posso dizer é que já vi isso muitas, mas muitas vezes dentro das empresas.
E o que acontece são apenas consequências de erros que cometemos ao traçarmos nossos objetivos pessoais. Esses erros têm um alcance tão grande que vão desde a escolha de uma profissão até o que almejamos para os nossos relacionamentos afetivos.
Por isso, antes de se definir um objetivo é preciso conhecer mais sobre si mesmo. Essa premissa é que vai dizer se o objetivo lhe trará ou não real prazer. Embora nada possa garantir, pessoas que conhecem um pouco sobre mesmas têm uma probabilidade maior de acerto.
É importante não perdermos de vista o fato de que a motivação é aquilo que nos falta quando não há prazer. Por essa razão é fundamental persegui-la, e isso depende de nossas escolhas. Escolhas são "pessoais", ou seja, dependem da pessoa que somos, por isso é importante sabermos mais sobre nós mesmos e daí então buscarmos o nosso prazer no mundo em que vivemos.
- by Dalton Cortucci
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