Você se lembra quando tinha 5 anos e vivia perguntando "por quê?". Eram tantos "por quês" que seus pais às vezes achavam que iam ficar doidos.
Quando você tinha 5 anos adorava o mistério. Adorava saber sobre tudo. Adorava saber o "porque" das coisas.
Cada dia era repleto de novas descobertas e de novas perguntas.
Mas o tempo foi passando e você foi parando de perguntar.
Qual será a diferença entre aquele tempo e o presente ?
O que aconteceu com aquela criança de 5 anos ?
Talvez hoje você prefira permanecer na segurança do que sabe ao invés de procurar desafios. Mesmo que tenha uma dúvida, talvez hoje você prefira evitá-la, enfiando a cabeça na areia e ocupando-se rapidamente com alguma outra coisa.
Para muitos de nós, só diante de uma crise muito séria é que resolvemos voltar a perguntar. Por exemplo: o fracasso de um negócio, um casamento abalado ou desfeito, a solidão que não possamos suportar, uma doença grave, enfim....
Em momentos assim, perguntas borbulham das profundezas da nossa mente: "mas por que EU ?", "o que foi que EU fiz ?".
Pensando bem, não seria melhor se fizéssemos brotar perguntas sobre nossas vidas sem que precisássemos de uma crise para motivá-las?
Além disso, para fazer perguntas a nós mesmos não é preciso esforço. Elas não precisam de rodeios, nem saírem de um livro de Filosofia, ou tratar de grandes questões existenciais. Uma pergunta poderia ser: "e se eu decidisse voltar a estudar?", ou "devo mudar minha alimentação para algo mais saudável?", ou "como me sentiria se mudasse de emprego?", ou ainda "será este o momento de abrir meu próprio negócio?".
Perguntar abre a porta para o caos, para o desconhecido, para o imprevisível. Mas furtar-se de perguntar é fechar as portas para os nossos desejos e para as mudanças importantes.
Não nos esqueçamos que estamos aqui hoje porque o homem sempre fez perguntas. As respostas a essas perguntas estão em tudo que vemos à nossa volta.
Por isso, deixar de perguntar é o mesmo que permanecer estático, porque o caminho da busca pelas respostas é o que realmente nos faz mover.
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