quinta-feira, 10 de março de 2011

Paradigmas Culturais Afetam a Saúde



Um intrigante estudo sobre o envelhecimento realizado por Ellen Langer e Rebecca Levy em Harvard, sugere que padrões culturais são como verdadeiras profecias: eles impõem que uma realidade se materialize.

O estudo comparou, por exemplo, a perda de memória em idosos de culturas diferentes.

Os americanos de classe média, cuja cultura teme a idade avançada e "sabe" que com ela suas capacidades diminuem , tiveram uma perda de memória substancial.

Já os chineses, cuja idade não carrega nenhuma conotação de entorpecimento e sua cultura valoriza a velhice, não só apresentaram uma perda de memória muito pequena em relação aos seus colegas americanos, assim como se saíram quase tão bem quanto os mais jovens.

Em termos práticos, cada cultura produziu idosos compatíveis com a idéia predominante em relação ao envelhecimento.

O estudo também destaca os franceses, cuja cultura admite sem problemas os hábitos de beber vinho, fumar, comer doces e consumir molhos que aumentam o colesterol. O interessante é que eles envelhecem magros e com saúde. Muitos estudos já foram realizados na tentativa de descobrir qual o "segredo" dos franceses, uma vez que, de acordo com as teorias atuais, deveria haver uma legião de safenados no país. A conclusão é que, de fato, não se trata de um "segredo", mas sim de uma "idéia". O franceses adoram o que comem e não sentem culpa por isso.

Em outras palavras, o que há de comum em todas as culturas é que a "idéia" gera uma informação para o cérebro e esta informação se propaga por gerações, formando um paradigma cultural. Como todo paradigma, ele prevalece na mente e impulsiona as pessoas a materializá-lo.

Cá entre nós, não sei quanto cada um pode resistir a um paradigma, mas é melhor cuidar mais do que pensa. O corpo agradece.

fonte: livro "The Roots of Mindlessness,", Ellen Langer .
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