quarta-feira, 25 de abril de 2012

Inteligência Emocional no Trabalho: sinônimo de bons resultados.

Não é de trabalhar que muitas pessoas reclamam, é do que está envolvido nele.
Todos sabemos que trabalhar é saudável, mas fatores tais como a pressão, os relacionamentos, as perspectivas, as condições e ferramentas de trabalho, além, é claro, do salário, influenciam sobremaneira nossa motivação. São por essas e várias outras razões que costumo dizer que não existem pessoas preguiçosas, o que existem são pessoas desmotivadas.



Os estudos de mais sucesso que abordam a motivação no trabalho existem há menos de 40 anos. Dentre eles destacam-se os trabalhos dos psicólogos Peter Salovey e John D. Mayer, os quais foram pioneiros na popularização do termo "Inteligência Emocional", isso por volta de 1990.  Cinco anos mais tarde, esse termo tornou-se conhecido mundialmente através do best seller de Daniel Goleman: "Inteligência Emocional - Por que que ela pode ser mais importante que o QI". De lá para cá o mundo corporativo passou a dar atenção aos fatores emocionais no trabalho, usando os princípios da Inteligência Emocional em contraposição ao centenário QI (Quoeficiente de Inteligência). Por isso, hoje é comum encontrarmos nas corporações o emprego do termo QE - Quoeficiente Emocional -  cunhado justamente para designar a resultante desses fatores emocionais.


Por outro lado, ironicamente, a principal razão para que as empresas se voltem para o monitoramento da satisfação de seus funcionários foi a massificação do uso da tecnologia. A tecnologia substituiu por máquinas os processos repetitivos, disponibilizando as pessoas para tarefas mais nobres, desde as mais qualificadas às mais criativas. Com essa mudança a atenção da empresas voltou-se para o estado emocional das pessoas, uma vez que, inequivocamente, o desempenho no trabalho está ligado diretamente a ele. Em resumo, as empresas passaram a zelar pelo "clima" do ambiente de trabalho, de forma que isso propicie um melhor exercício do mesmo.


Se não bastasse toda essa preocupação, o mundo de hoje insere nesse tempero uma pimenta ainda mais ardida: tratam-se dos jovens da chamada "Geração Y" (nascidos a partir dos anos 80). Essa geração tecnologicamente integrada e conectada,  tem como uma das principais características a impaciência. Isso exige das empresas um retorno muito rápido às suas aspirações, pois se não forem devidamente atendidos dentro do prazo que limitam suas satisfações, partem para a busca de novas oportunidades sem a menor cerimônia. Justamente por conta dessa volatilidade é que tanto se fala hoje em "retenção de talentos", aliás, tarefa nada fácil, dada a velocidade com que a informação se propaga e a quantidade de oportunidades que rapidamente surgem nesta era de informação digital.


Todo esse cenário torna o uso da Inteligência Emocional ainda mais importante, pois monitorar e avaliar a satisfação das pessoas dentro das empresas é de fundamental importância para o seu resultado. Isso também aumenta muito a responsabilidade dos líderes, os quais, finalmente, terão suas competências evidenciadas, descartando de vez aqueles sujeitos inábeis que são apenas "chefes".


Bem, se aqui falei mais sobre o que as empresas devem encarar, onde entra o lado dos funcionários?

Calma! A motivação para todo esse cuidado que as empresas têm são eles mesmos. Se o uso da Inteligência Emocional é um fator de sucesso para as empresas, e estas são constituídas por pessoas, então cabe a todos aprenderem com ela e aproveitarem essa situação da melhor maneira possível. Em outras palavras, cabe a todo e qualquer integrante de uma organização tornar-se o mais inteligente emocionalmente possível. O resultado satisfatório virá.

Por fim, pessoas emocionalmente inteligentes sabem que sem motivação nada sai do lugar e para entender melhor do que se compõe a Motivação assista ao vídeo a seguir.



Leve para sua empresa ou instituição uma de nossas palestras ou workshops sobre Inteligência Emocional, Eneagrama e Coaching.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Autoconhecimento é investimento ?


É mais fácil a gente decidir ir ao shopping center comprar um sapato novo para aquele evento daqui um mês, do que usar esse tempo, por exemplo, para ler um livro. Isso acontece porque decisões que envolvem fatores materiais têm um resultado previsível, enquanto, ao contrário, as imponderáveis são imprevisíveis. Em outras palavras, o sapato eu compro e uso, já o livro eu leio e ganho o que ? É claro que muitos vão encontrar respostas para justificar a leitura de um bom livro, mas bem sabemos que o nosso processo de escolha não funciona assim. Aquilo que é palpável acaba vindo sempre antes, enquanto aquilo que é subjetivo, dada sua imprecisão no resultado, tende a ser postergado ou nem entra na lista de nossas prioridades.


Isso é tão comum que até mesmo frequentar uma faculdade, cuja razão deveria ser o de obter conhecimento, funciona, de fato, como um investimento material, pois a ideia principal é agregar o diploma como um "bem material" ao nosso curriculum profissional.

A má notícia é que ao descartarmos as decisões consideradas subjetivas estamos postergando ou descartando muitos de nossos desejos e prazeres mais profundos, os quais, por desconhecimento, não conseguimos avaliar o quanto nos pressionam de uma forma inconsciente.

Em outras palavras, muita gente tem desejos que conscientemente não sabe quais são e isso faz com que  não se contente com nada. Mesmo cercando-se de bens ou de relações afetivas, a maioria superficiais ou emocionalmente dependentes, essas pessoas estão sempre voltadas para "coisas", a ponto de desenvolverem extrema ansiedade que as impede de fazerem algo bem feito.

Por consequência, chegamos à conclusão de que não existe investimento com maior prioridade do que conhecer a si próprio, pois sabendo como "funcionamos" e o que realmente desejamos, podemos tomar as melhores e mais adequadas decisões, sejam elas subjetivas ou materiais.

Por outro lado, se considerarmos a compra do sapato no shopping center e não considerarmos o livro, se considerarmos a festa e não considerarmos aquele "descanso" para refletir, se considerarmos aquele capítulo da novela e não considerarmos aquele encontro com pessoas de "cabeça diferente", é mais do que provável que estejamos descartando eventos que poderiam nos propiciar uma oportunidade de nos conduzir ao caminho que realmente buscamos. 

Por isso, trazer nossos fatores subjetivos à luz da nossa consciência, sobretudo dando-lhes o devido valor, é a única forma de encontrarmos algum equilíbrio entre o que está "fora" com o que está "dentro".

Em resumo, autoconhecimento significa  trazer para a consciência aquilo que não é visto mas sentido e, ao contrário do que pensamos, é um investimento com resultados precisos, os quais ainda não sabemos quais são até que saibamos quem realmente somos.

- by Dalton Cortucci

(visite meu site www.brcoaching.com.br )


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