segunda-feira, 24 de novembro de 2014

10 dicas para melhorar sua Inteligência Emocional

Resumidamente, Inteligência Emocional é a capacidade de perceber, compreender, controlar as reações e usar as emoções a nosso favor. Essa capacidade se estende quando percebemos e compreendemos as emoções nos outros, o que é chamado de empatia.

É sabido que uma pessoa emocionalmente inteligente aumenta de forma contundente a possibilidade de obter sucesso nos relacionamentos pessoais e profissionais, o que por si só já credencia o assunto como sendo da mais relevante importância.
Segundo o dr. Norman Rosenthal, M.D., um conhecido psiquiatra norte-americano, existem 10 maneiras de melhorarmos nossa Inteligência Emocional. Como todo mundo gosta dessas listas contendo dicas, resolvi fazer este post para reproduzi-las.

Seguem então as 10 dicas para melhorarmos nossa Inteligência Emocional:

1) Não interrompa seus sentimentos.
Quando somos tomados por sentimentos ruins ou desconfortáveis, procuramos evitá-los interrompendo seu fluxo e distraindo-nos com outras coisas. A dica é não fazer isso. Sente-se isoladamente e pergunte-se: "Como estou me sentindo?". Isso pode levar um pouco de tempo para que os sentimentos apareçam, mas permita-se nesse pequeno espaço de tempo, ininterrupto, aproveitar a oportunidade de ganhar consciência deles.

2) Não julgue seus sentimentos muito rapidamente. 
Não deixe que seus sentimentos se desfaçam  antes de ter a chance de pensar melhor sobre eles. Frequentemente, as emoções sobem e descem como uma onda. Vão ao pico e depois descem desaparecendo naturalmente. Seu objetivo deve ser o de não cortar a onda antes que ela chegue ao seu pico, assim você evita fazer  julgamentos precipitados. 

3) Encontre uma conexão. 
Veja se você pode encontrar conexões entre o que sente agora e o que já sentiu outras vezes da mesma forma. Quando um sentimento ruim surgir, pergunte a si mesmo: "Quando eu senti essa sensação antes?" Isso pode ajudá-lo a perceber se o seu estado emocional atual é reflexo da situação presente ou é o resgate de um momento passado. Muitas vezes, ao observar uma situação ou ouvir algo (tal como quando ouvimos uma determinada música) nos traz por associação um momento que ocorreu no passado e que acaba se confundindo com o momento presente. 

4) Conecte seus sentimentos com seus pensamentos. 
Quando você sentir algo que lhe parece fora do comum, é sempre útil perguntar: "O que eu penso sobre isso?" Muitas vezes a resposta pode ser confusa com sentimentos contradizendo outros. Isso é normal. Mas "ouvindo" a todos os seus sentimentos é como ouvir todas as testemunhas de um processo judicial. Só depois de conhecer todos os depoimentos é que você será capaz de entender o que se passa e dar o seu melhor veredicto.

5) Ouça o seu corpo. 

Um nó no estômago dirigindo para o trabalho pode ser um indício de que seu trabalho é uma fonte de estresse. Uma  palpitação no coração quando você pega na mão de uma pessoa que você está começando a conhecer, pode ser um indício de que este encontro pode levar a  algo mais sério e promissor. "Ouvindo" essas sensações e o que os sentimentos sinalizam, permitirá que você processe e avalie essas informações usando a sua parte racional.

6) Se você não sabe como você está se sentindo, comente o que sente com alguém. 

As pessoas raramente percebem que os outros são potencialmente capazes de julgar o que você está sentindo. Pergunte a alguém que você conhece (e que você confia) descrevendo o que sente. Você pode encontrar nos outros respostas surpreendentes e esclarecedoras.

7) Sintonize-se com os seus sentimentos inconscientes. 
Como você pode se tornar mais consciente de seus sentimentos inconscientes? Coloque-se num estado relaxado e permita que seus pensamentos vagueiem livremente para ver onde eles vão. Analise também os seus sonhos. Mantenha um caderno e uma caneta ao lado de sua cama e anote seus sonhos logo que você acorda. Preste especial atenção aos sonhos que se repetem ou que são carregados de fortes emoções. Com essas informações você vai aos poucos percebendo as mensagens dos sentimentos dos quais ainda não tem consciência.

8) Registre seus sentimentos diariamente
Diariamente pergunte a si mesmo: "Como me sinto hoje?" e dê uma nota de 1 à 10 para a resposta. Registre-as num caderno. Se os seus sentimentos parecerem extremos num dia, tire um ou dois minutos para pensar sobre todas as idéias ou associações que parecem estar conectadas com esse sentimento. Se eles mantêm um padrão "bom", é claro que significa que tudo vai bem. Mas se eles mantêm um padrão "ruim", então comece a pensar em algo para mudar as coisas, pois seus sentimentos estão exigindo isso todos os dias. 

9) Anote seus pensamentos e sentimentos. 

Uma pesquisa mostrou que escrever nossos pensamentos e sentimentos pode ajudar a ganharmos consciência e clareza sobre eles. Este é um exercício simples que não toma muito tempo do seu dia, além de ser muito eficaz.

10) Tenha ciência de quando o bastante é o bastante. 

Chega um momento em que você já olhou o suficiente para dentro e isso já é o bastante. Agora é hora de mudar seu foco para o lado de fora. Estudos demonstram que incentivar as pessoas a manterem sentimentos negativos pode amplificar esses sentimentos e causar danos ainda maiores. É importante lembrar que Inteligência Emocional envolve não só a capacidade de olhar para dentro, mas também a de estar presente e ativo com o mundo ao seu redor.


Aparentemente alguns dos itens parecem coincidir, mas na verdade eles são ligados e não coincidentes. Portanto, releia-os para entender melhor e aproveite as dicas da melhor forma possível.

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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Aceitar é só para os fortes

A maioria de nós tem muita dificuldade de lidar com críticas e assimilar decepções. Algumas vezes elas batem tão forte que a gente desaba. 

No entanto, todo mundo sabe que não é possível passar pela vida ileso de situações com as quais não gostaríamos de nos deparar. Situações que às vezes provocamos conscientemente e às vezes nos chegam vindas daqueles com os quais nos relacionamos. 
De fato, nosso mundo seria muito melhor se não ligássemos para as críticas e não tivéssemos expectativas que acabam nos causando decepções. Mas a gente sabe como isso é difícil. Então o que fazer?

A única resposta eficaz para isso está na: ACEITAÇÃO.

Aceitar não é submeter-se passivamente a algo, mas sim enxergar esse algo como um fato real, para que a partir dele a gente possa decidir o que fazer.

Essa atitude é a nossa maior dificuldade, porque diante de algo indesejável tendemos a nos revoltar. Ficamos nos debatendo pra tentar encobrir a realidade como se fosse melhor viver numa mentira. 

O pior é que toda a nossa revolta diante de uma crítica ou de uma decepção simplesmente não muda nada. Aliás, só dificulta, pois quando não aceitamos a realidade que está na nossa cara passamos a nos defender como se estivéssemos sendo atacados por um inimigo que está dentro de nós.

Por isso que a Aceitação é a única saída. Quanto mais rápido aceitarmos uma realidade, menos tempo levará para termos uma reação. Mas quanto mais tempo levarmos nos queixando do que vimos e sentimos, mais tempo ficaremos sofrendo, remoendo "por quês" e consumindo nossa saúde física e mental.

Para quem pensa que a Aceitação é para os fracos, muito pelo contrário, aceitar é só para os fortes, porque quando aceitamos o que está na nossa frente enviamos para o universo uma mensagem de coragem. E dessa coragem é que precisamos, porque a vida continua.

by Dalton Cortucci


assista ao vídeo sobre o tema




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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Eneagrama: compartilhando conhecimento.

Todo mundo tem ou já teve um problema de relacionamento no trabalho, no âmbito familiar ou com um amigo.

Se você já teve pelo menos um desses como é que resolveu?
Se você tem pelo menos um desses, como pretende resolver? E quando?

A maioria de nós passou ou passa por isso. Ninguém escapa ileso de conflitos em relacionamentos de qualquer natureza.

Agora volte um pouco e imagine se você tivesse mais conhecimento sobre si mesmo e sobre as pessoas quando o conflito se iniciou. Não seria mais fácil ou, no mínimo, diferente?
O que eu gostaria de compartilhar com você tem a ver com esse conhecimento. Tem a ver com uma poderosa ferramenta que se tornou largamente usada por coaches, executivos de empresas, empresários, pais, professores e terapeutas, em muitos países ao redor do mundo. 

Trata-se do Eneagrama, um sistema de sabedoria milenar que nos ajuda a:

  • reconhecer nossos padrões de pensamento e de comportamento, facilitando nosso crescimento pessoal
  • desenvolver a nossa capacidade de alcançar relacionamentos bem sucedidos em casa e no trabalho 
  • desenvolver a liderança, a capacidade de montar equipes e a habilidade de comunicação, tudo isso no âmbito do trabalho.
Através do reconhecimento de nove tipos de personalidade, o Eneagrama nos ensina entender os diferentes pontos de vista de cada tipo, nos permite compreender a motivação das pessoas, as suas principais necessidades e preocupações, e seu estilo de se relacionar e de trabalhar.

O Eneagrama nos ajuda a construir relacionamentos, reduzir conflitos desnecessários, e cooperar em níveis mais elevados e saudáveis.

Agora imagine se você tivesse previamente esse conhecimento no passado, o que poderia ter sido diferente nos dias de hoje?

by Dalton Cortucci


Leve para sua empresa ou instituição a palestra "INTRODUÇÃO AO ENEAGRAMA" e absorva esse conhecimento no presente para tornar o seu futuro diferente.
Faça contato, click aqui

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O novo e o antigo na harmonia da natureza.

Estamos sempre falando em renovação, recomeço, reciclagem, enfim, tudo que sugere o novo e a novidade é sempre bem visto e soa bem aos ouvidos.

Mas outro dia eu peguei uma muda de uma planta crescida e plantei no mesmo vaso. A nova brotou e se tornou bela e exuberante, tal qual a mais velha há algum tempo atrás. Claro que existem diferenças, pois nota-se o desgaste do tempo numa, e o vigor e beleza da juventude na outra. No entanto, ambas convivem harmonicamente no mesmo vaso e ambas cumprem a mesma e importante função na natureza.

O que se colhe dessa observação é que não é preciso que o novo migre para outro ambiente para que ele possa brotar. Havendo espaço e nutrição adequadas, ambos podem conviver sem que a idade se constitua num obstáculo ou numa forma de contenção. 

Ambas vivem da mesma terra, do mesmo ar e da mesma água, e se uma respeitar o espaço da outra, ambas viverão saudáveis, sem que isso faça qualquer diferença à longevidade.

Qualquer analogia com situações ou pessoas é perfeitamente válida.

Na nossa vida, as coisas se assemelham. O que é antigo nunca é um obstáculo para o novo, exceto se for realmente um obstáculo, mas nunca só porque é antigo. 



Se não fosse assim, a cada novo, seja o que for, se extinguiria um antigo.

Se não fosse assim, estaríamos sempre repetindo os mesmos erros.
Se não fosse assim, teríamos de cultivar a hipocrisia para negar o nosso passado.
Se não fosse assim, cada novo ser teria como preço a vida de outro ser.

Mas a natureza em seu ciclo jamais exclui a convivência daquilo que existe com aquilo que acaba de chegar. Novo e antigo precisam conviver e esse é o aprendizado que permite encontrarmos o equilíbrio.

E mais importante ainda, é que se não fosse assim, o novo não teria como ou com quem aprender a sobreviver.

Em outras palavras, todos precisamos dessa harmonia como no exemplo das plantas, pois ela faz parte do ciclo da natureza, na qual tudo - e todos nós - está incluído.



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sábado, 4 de outubro de 2014

Invista no seu conhecimento interior.

Existe uma charada que diz:
"Qual é a última coisa que um peixe descobre durante toda a sua vida?"
Resposta: a águaUm peixe vive e se move na água, por isso a água torna-se invisível para ele. 

Essa pequena metáfora me serve para sugerir que a mesma coisa acontece conosco em relação à nossa personalidade, isto é, vivemos na companhia dela durante todo o tempo e por isso, praticamente, não a percebemos.

Em outras palavras, não percebemos no dia a dia nossos padrões de pensamento e de comportamento, tornando nossas ações previsíveis na maioria do tempo.

O fato é que justamente por não percebermos a nossa personalidade é que temos dificuldade de administrar muitas situações que nos aparecem. Algumas são até diárias, como por exemplo, quando estas se apresentam em nosso trabalho ou dentro da nossa própria casa. 

Fazemos as mesmas coisas o tempo todo e por isso colhemos sempre os mesmos resultados. E fazemos tudo igual, justamente porque não percebemos aquilo que fazemos.

Se por um lado somos cegos de nossa personalidade, a situação fica ainda pior quando alguma pessoa nos aponta algo errado naquilo que fazemos. Mesmo que seja para nos ajudar, imediatamente nos sentimos ofendidos e rejeitamos a crítica - aliás, quem você conhece que as recebe bem?

Agora observe o tamanho do impasse: 
se não percebemos o que fazemos de errado e ainda não aceitamos que alguém nos aponte um erro, então só nos resta ficarmos do jeito que estamos. Essa conclusão é o mesmo que dizer que somos o nosso próprio carcereiro da prisão em que nos metemos.

A ideia que quero passar é que investir no conhecimento de nosso interior para ganharmos consciência de como funcionamos é a chave de saída para aquilo que desejamos na vida. 

Pode ser que esse conhecimento não interesse a você porque acredita que não faça diferença em seus objetivos profissionais e pessoais. Então eu peço que avalie aquela mudança que deseja fazer em sua vida e pergunte-se por qual motivo ela ainda não aconteceu. Talvez você até tenha a resposta, mas não consegue sair do lugar porque não sabe como fazer. Então voltamos ao ponto inicial, porque não saber como fazer é sinal de que você não conhece o potencial de sua própria competência.

Enfim, mudanças precisam que algo novo seja feito e muitas vezes isso não acontece porque temos vícios emocionais e comportamentais. Então a única saída é mergulhar dentro de nós mesmos para entendermos como funcionamos, e de posse desse conhecimento achar o caminho para sair das nossas próprias armadilhas.

Talvez você ache isso muito trabalhoso e subjetivo, mas tenho certeza que conhece alguém que desistiu de um objetivo por se sentir incapaz de superar um obstáculo, mesmo com os outros lhe dizendo como fazer. Em outras palavras, a origem do obstáculo estava dentro e não fora.

Para concluir, faça um grande favor a si mesmo não perdendo de vista a sua personalidade. Use para isso o Coaching, o Eneagrama, uma terapia, ou qualquer outro método, mas invista em autoconhecimento para saber o que fazer com seu tempo, seu dinheiro, sua carreira e, principalmente, suas emoções. 

E faça mais um favor a si mesmo não adiando mais essa tarefa, porque isso pode significar que tudo que almeja seja adiado também.

By Dalton Cortucci


Leve para sua empresa ou instituição uma de nossas palestras ou workshops sobre Inteligência Emocional, Eneagrama e Coaching.

domingo, 21 de setembro de 2014

Numa decisão, jamais negocie seus valores internos.

Tomar uma decisão conjunta não é nada fácil. Muitas vezes, as divergências acontecem porque as pessoas mantêm suas posições baseadas em seus valores internos.

Valores internos são particulares e não são regidos pelo mercado, pela moda, pelo IPTU, ou pelo supermercado. Valor interno é aquilo que a gente sente sem levar em conta o que os outros dizem. Se aceitarmos a influência externa sobre aquilo que damos valor, é bem possível que estejamos indo contra nós mesmos.

Quando a nossa personalidade se forma, os valores vão se estabelecendo influenciados pela educação que recebemos e pelo ambiente em que vivemos. Em outras palavras, adotamos como valores aquilo que a maioria valoriza, simplesmente pra não nos sentirmos excluídos ou diferentes.

Mas existem valores que não sofrem influência porque são inatos. Eles variam de pessoa para pessoa, mas valores tais como amizade, paz, respeito, caráter, liberdade, segurança, são coisas que, se valorizamos, dificilmente sofrem influência externa a ponto de mudarmos a importância que damos a eles.

Por isso, quando chega a hora de tomar uma decisão em conjunto com outra pessoa - ou com outras pessoas - a coisa costuma pegar, porque o outro também tem os seus valores. Se forem diferentes dos seus, ele vai relutar em abrir mão. Além disso, se um dos lados abrir mão de seus valores pelos valores do outro, pode apostar, o tempo vai mostrar que o resultado será um fracasso, porque uma das partes não estará satisfeita durante todo o tempo.


Portanto, a melhor opção diante de uma decisão que apresente um impasse de valores é não decidir. Ou decidir em separado, se for possível. Nunca em conjunto.

Se for um casamento, não case. Se for a compra de uma casa, não compre. Se for a mudança para outra cidade ou país, não mude. Só decida aquilo que for possível fazê-lo sozinho.  

E não entre naquela onda de que com o tempo você se acostuma. Não porque os valores não possam mudar, mas porque você nunca sabe se os valores que hoje estão em jogo realmente um dia mudarão.

by Dalton Cortucci

Leve para sua empresa ou instituição uma de nossas palestras ou workshops sobre Inteligência Emocional, Eneagrama e Coaching.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Os tipos de Personalidade no Eneagrama (III)

No post anterior vimos que os tipos de personalidade (Eneatipos) descritos no Eneagrama são divididos em 3 forças: Emocionais, Mentais e Instintivas. Mesmo que os três centros funcionem fluidamente para responder às diferentes situações da vida, o certo é que cada um de nós está condicionado por um centro em maior medida. 

Por sua vez, dentro desse centro que é preponderante, o Eneagrama acondiciona 3 Eneatipos, sendo que para um indivíduo um desses Eneatipos também exerce predomínio sobre os outros dois. 

Antes de descrever cada um dos Eneatipos, é importante relembrar que o Eneagrama fala em cada um deles das coisas inconscientes que nos sucedem. Cada um tem uma forma concreta de perceber a realidade e demonstra que nenhum de nós percebe a realidade tal como ela é, porque todos estamos condicionados. São 9 estilos de personalidade, 9 formas de ver a vida, 9 conjuntos de valores diferentes, 9 estilos de comunicação diferentes, 9 modos de resolver os problemas, 9 formas de motivar-se, de pensar, de sentir e de reagir.

É um mapa de como somos, de como nos relacionamos com a forma de ser das outras pessoas e de como poderíamos nos libertar das barreiras que limitam nosso próprio potencial.


Vamos ver agora uma breve descrição de cada um dos 9 Eneativos, lembrando que cada um deles não é exclusivo na vida de um indivíduo, mas preponderante em meio a todos eles (veja os vídeos no final do post).




Eneatipos Emocionais (2, 3 e 4)

2: "Ajudador"
É motivado pela necessidade de ser amado e valorizado pelo que é; por atender às necessidades dos demais; por expressar seus sentimentos, e por sentir-se necessário, apreciado, obter aclamação e créditos para si.

3: "Motivador"
É motivado pela necessidade de ser produtivo, alcançar o sucesso e evitar o fracasso a todo custo. Para ele, uma pessoa vale pelo quanto realiza e produz. Dá muito valor à sua imagem.


4: "Individualista"
É motivado pela necessidade de experimentar seus sentimentos e de ser compreendido, para encontrar o significado da vida e evitar ser alguém comum. Toda essa sensibilidade o leva a ter um forte traço ligado à arte e à beleza.


Eneatipos Mentais (5, 6 e 7)

5: "Investigador"
É motivado pela necessidade de conhecer e entender tudo, para ser autosuficiente e para evitar parecer tolo. Isola-se dos outros para evitar ser sensibilizado e acredita que o conhecimento é tudo.

6: "Leal"
É motivado pela necessidade de segurança. Busca apoio dos outros para tentar obter garantias para evitar a insegurança e a ansiedade. É bastante sociável porque acredita na segurança proporcionada pelas outras pessoas.

7: "Entusiasta"
É motivado pela necessidade de ser feliz e planejar atividades agradáveis para evitar o sofrimento e a dor. Sua necessidade de experimentar tudo que lhe traga prazer o faz abrir vários projetos simultaneamente e ter uma agenda social intensa.


Eneatipos Instintivos (8, 9 e 1)

8: "Líder"
É motivado pela necessidade de ser autosuficiente e forte para evitar a sensação de fraqueza ou dependência. Esforça-se por ser poderoso e para isso supera qualquer obstáculo, às vezes, a qualquer custo.

9: "Pacificador"
É motivado por manter a harmonia no seu ambiente, evitar conflitos e tensões, preservar as coisas como são, e resistir à tudo que possa perturbar sua paz. Dá tanta importância à conciliação que perde o foco de seus próprios objetivos.


1: "Perfeccionista"
É motivado pela necessidade de ser íntegro, coerente com seus ideais, de trabalhar com disciplina para melhorar, e de proteger-se de críticas de modo à não ser condenado por ninguém.



Quando olhamos pela primeira vez a descrição dos 9 tipos de personalidade, é normal que nos vejamos nas características de vários Eneatipos. Seguramente, todos compartilhamos partes ou características de todos eles, mas sempre há um Eneatipo que marca a raiz de nosso comportamento, a forma de perceber o que está à nossa volta, e as nossas motivações.

Também é importante termos em conta que não existe um ranking, onde um tipo de personalidade seja melhor do que outro. Tudo depende dos níveis de intensidade de cada Eneatipo na vida do indivíduo, requerendo ou não uma atenção especial para alcançar o equilíbrio desejado.

A pergunta que sempre vem a seguir é: 
"Qual é o meu tipo de personalidade? Meu Eneatipo?"

Bem, este é o tema do próximo post. 


E para quem não viu os anteriores, seguem os links:
O Eneagrama - As Forças Mentoras (II)



by Dalton Cortucci


E assista em vídeo uma visão geral das personalidades no Eneagrama.









quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O Eneagrama - As Tríades (II)

Para se iniciar no estudo do Eneagrama a auto-observação é fator primordial. 
(se você não leu o primeiro post, segue o link: "O Eneagrama - Início (I)".

Obviamente, isso é importante porque precisamos descobrir aquilo que é dominante em nós. A partir desse descobrimento, será possível separar os pensamentos, emoções e atitudes que são coerentes com nosso perfil dominante, daqueles que são apenas fruto de nossa educação na infância, da cultura em que vivemos e das relações que estabelecemos. Esse conjunto de fatores constroem nossa visão do mundo e de nós mesmos. São eles que nos fazem reagir ao ambiente para sobreviver a ele.


O Eneagrama apresenta 9 tipos de personalidades, as quais podemos chamar de 9 formas de pensar, de sentir e de agir. Dentre esses tipos cada um de nós encontrará um perfil com o qual sentirá uma identificação mais forte. Provavelmente, será esse tipo que estará mais próximo daquilo que nos define. 

E esse é o ponto de partida.


Mas e daí?

Ao reconhecer no Eneagrama nosso tipo (também chamado eneatipo), tomamos consciência das condições para o desbloqueio e recuperação de nossas qualidades que estavam escondidas.

Segundo Claudio Naranjo, um dos principais estudiosos e divulgadores do Eneagrama, conhecê-lo nos serve para:

  • conhecermos melhor e tomar consciência dos aspectos que nos passam despercebidos mas que são evidentes aos olhos dos outros;
  • compreender até onde pode ir nosso desenvolvimento pessoal e profissional;
  • tomar decisões de acordo com nossa maneira de ser e não nos submetermos a pressões inúteis e desnecessárias;
  • compreender os pontos fortes e fracos dos demais e nos adequarmos as suas características, de modo que possam se sentir confortáveis, ao invés da defensiva quando se relacionam conosco;
  • saber de que modo nossa personalidade impede o encontro com nossa própria essência.
Mas como saberemos identificar corretamente nosso tipo dentre os 9?
A maioria das pessoas diz que quando descobre o seu tipo saberá no mesmo momento. Isto porque (é provável) que você sinta imediatamente uma sensação de identificação. É como encontrar algo que diga claramente as coisas que você sempre soube subconscientemente. Quando essas coisas acontecem, pode ter certeza que você corretamente identificou o seu eneatipo.

Para começar a explicar o funcionamento do Eneagrama, é importante conhecermos 3 forças que influenciam amplamente os eneatipos (tipos de personalidade). São elas:


  • as Forças Mentais
  • as Forças Emocionais
  • as Forças Instintivas


As 3 Forças Mentoras no Eneagrama

Pelo desenho do Eneagrama podemos observar onde elas atuam de forma mais contundente:
  • Mentais: eneatipos 5, 6 e 7
  • Emocionais: eneatipos 2, 3 e 4
  • Instintivas: eneatipos 8, 9 e 1

De forma resumida, isso significa que:
  • Os eneatipos Mentais são aqueles que, basicamente, usam a razão como mentor de suas vidas. São pessoas planejadoras, dedicam mais tempo em conhecer e calcular consequências do que a executá-las. 
  • Os eneatipos Emocionais são aqueles que, basicamente, têm as emoções como mentor de suas vidas. São pessoas sociáveis, comunicativas que criam relações com facilidade com o fim de serem notados, apreciados, admirados.
  • Os eneatipos Instintivos são aqueles que, basicamente, usam a ação como mentor de suas vidas. São pessoas determinadas, protetoras, não se deixam controlar facilmente e tendem mais a mandar do que a obedecer.
É claro que todos temos dentro de nós as 3 forças, mas a ideia aqui é entendermos que cada um está condicionado por uma delas em maior medida. 

No próximo post vou especificar as características de cada eneatipo. Ressalto que o objetivo principal é de apresentar, em linhas gerais e de forma bem tranquila, o que é o Eneagrama e qual a sua importância, para quem nunca teve qualquer proximidade com o assunto - se você não leu o primeiro post, segue o link: "O Eneagrama - Início (I)".


by Dalton Cortucci



Se prefere em vídeo, assista e me dê um feedback. Obrigado!





quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O Eneagrama - Início (I)

Não sei dizer há quanto tempo tive contato com o Eneagrama, mas nos últimos 10 anos intensifiquei e aprofundei meus estudos nesse tema, o qual, a meu ver, deveria ser mais divulgado para que mais pessoas pudessem usufruir desse conhecimento.

Na época em que comecei a estudar o Eneagrama senti-me atraído porque ele permitiu-me desenvolver uma certa facilidade e rapidez em conhecer as pessoas. Em outras palavras, o Eneagrama me tornou mais perspicaz em perceber as principais características de personalidade e a compreender o padrão das atitudes das pessoas. Obviamente, isso ajudou muito em meus relacionamentos, fato que perdura até hoje.

No entanto, admito, a princípio foi muito difícil, pois o estudo do Eneagrama inicia-se por uma profunda jornada de autoconhecimento. Isso significa que um iniciante precisa uma constante auto-observação, através da qual ele consiga perceber o que está detrás de suas intenções, e não raro, a intenção que está por detrás da intenção.

Sei que parece um pouco complicado, e na verdade é mesmo, exceto se houver um método para se perceber isso, e o Eneagrama é a chave mestra para essa jornada.

Uma breve definição e histórico

O Eneagrama é um sistema que nos permite detectar o tipo de personalidade das pessoas através de uma figura geométrica de nove pontas que representa os nove tipos de personalidades básicas da natureza humana e suas complexas inter-relações. 




Baseado na sabedoria espiritual de muitas e diferentes tradições antigas, o Eneagrama foi levado ao público em Moscou, no ano de 1915, por George Gurdjieff, filósofo e professor que usou o Eneagrama em seu programa de desenvolvimento humano. Somente na década de 1960, Oscar Ichazo, fundador da Escola Arica, estabeleceu os nove tipos de personalidade no Eneagrama. Pouco tempo depois, Claudio Naranjo, MD, e outros psicólogos em Berkeley combinaram o Eneagrama com os últimos desenvolvimentos da psicologia moderna.

Hoje o Eneagrama é uma ferramenta poderosa que se tornou largamente usada por terapeutas, coaches, executivos de empresas, empresários, pais e professores em muitos países ao redor do mundo

Aplicações principais

Na versão moderna do Eneagrama existem muitas aplicações, mas em termos práticos eu diria que o Eneagrama tem como aplicações principais:
  1. O crescimento pessoal e espiritual 
  2. O desenvolvimento de nossa capacidade de alcançar relacionamentos bem sucedidos em casa e no trabalho 
  3. A capacidade de desenvolver a liderança, a montagem de equipes e a habilidade de comunicação, tudo isso no âmbito do trabalho. 

Como já mencionei, o estudo do Eneagrama começa por uma jornada de autoconhecimento. Afinal, sem sabermos um pouco mais sobre quem somos é muito mais difícil conhecer os outros. Mas é nessa jornada de autoconhecimento que conseguimos perceber nossos padrões de pensamento, sentimentos e comportamento, aumentando nossa auto-consciência e tendo como consequência a facilidade de detectarmos nossos pontos fortes e nossos pontos cegos. Quando tomamos posse dessas informações, resultado de muita auto-observação, conseguimos explorar mais nossos potenciais, assim como corrigirmos nossos erros, obtendo como resultado um aumento de nossa eficácia pessoal e profissional.

Principalmente no âmbito de nossos relacionamentos, o Eneagrama é um método poderoso que aumenta a nossa inteligência emocional - e não há melhor sistema no mundo de hoje para aprender a criar relacionamentos mais bem sucedidos. Isto se dá porque quando reconhecemos os diferentes pontos de vista e as necessidades básicas de cada tipo de personalidade, podemos de imediato melhorar a nossa comunicação no relacionamento com os outros. Esse aumento de empatia com as outras pessoas em nossas vidas nos torna capazes de responder às necessidades que toda relação exige para que se mantenha num patamar saudável.

Embora o assunto seja inesgotável, a ideia deste post é apenas chamar a atenção do Eneagrama para quem nunca ouviu falar dele. Mas é o primeiro de uma pequena série introdutória, a qual espero que seja do interesse de todos.


by Dalton Cortucci


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domingo, 6 de abril de 2014

Medo de falar em público: insegurança ou sociabilidade?

Exceto os profissionais que por força do hábito possuem experiência, a maioria das pessoas têm algum tipo de receio de falar em público.

Nessas situações alguns conseguem reagir com uma certa tranquilidade, mesmo não estando à vontade. Outros reagem com maior apreensão, embora consigam força suficiente para não recuar. Contudo, não é raro encontrarmos pessoas para as quais a tarefa de falar em público não só se constitui numa eventualidade desconfortável, mas numa verdadeira tragédia anunciada.


Aterrorizados por enfrentar o público, por menor que seja a audiência e por mais simples que seja o assunto, essa exposição provoca em determinadas pessoas um medo paralisante, comumente antecedido por períodos de angústia e ansiedade. Conheci gente que mesmo em situações amenas preferiu fugir do compromisso do que passar por tal experiência.

No mundo corporativo é muito comum que líderes e gestores sejam cada vez mais exigidos a realizarem apresentações públicas. Para não arriscarem suas carreiras ou até seus próprios empregos, aqueles que têm essa dificuldade acabam por decidir ir em busca de ajuda. Essa ajuda pode vir através de uma terapia ou, mais comumente usada no meio corporativo, através de um coach. Aliás, para vencer a paura de falar em público os processos de Coaching são muito eficazes.

O fato é que pessoas que têm medo de falar em público são taxadas de inseguras. Embora toda generalização seja perigosa, percebo que hoje há um outro fator que dispara essa "insegurança", um fator que resulta dos novos tempos: a "falta de vivência social".

O que quero dizer com isso é que hoje o indivíduo mesmo conectado em grandes redes e com centenas de pessoas dispostas num formato de comunidade, tal posição não exercita plenamente a sua sociabilidade. É inegável a economia de tempo e o encurtamento das distâncias que a tecnologia propicia, tornando qualquer pessoa acessível a um custo de comunicação que tende a zero. No entanto, esse cenário pode comprometer muito a capacidade de comunicação de uma pessoa. Em outras palavras, a falta de exercício do "diálogo livre", isto é, aquela conversa que flui sem qualquer tipo de preparação e que utiliza como informação as manifestações do comportamento das pessoas, tais como a expressão corporal e o tom de voz, podem reduzir significativamente o que chamo de "vivência social".



Se hoje estamos massivamente conectados, mas perdendo o hábito e o exercício presencial, a consequência imediata é a queda da empatia, ou seja, por detrás de um computador a dificuldade de percebermos os sentimentos dos outros aumenta muito. Com a empatia em baixa, a habilidade em desempenhar um "diálogo livre", seja ele individual ou em grupo, passa a ser uma experiência plastificada, isto é, quase sem nenhuma exposição.

De fato isso acontece porque dentro de um cenário virtual aquilo que identifica as pessoas se resume ao que é midiático. Delas resulta uma imagem pensada e construída. Por consequência, falar para uma platéia é o mesmo que defender essa imagem construída. Pior ainda, é como submetê-la a julgamento e à comprovação pública.


Mas, como tudo na vida, a saída está no equilíbrio. Sabemos que o convívio social é tão importante quanto não perder tempo para enviar uma comunicação urgente usando um celular. Porém, ter esse discernimento é a condição necessária para desenvolvermos a consciência de quem somos e o que sentimos minimamente.


Como seres sociais precisamos do convívio constante, pois a armadilha do isolamento social se apresenta toda vez que ligamos um computador ou um celular. O problema é que só vamos perceber essa armadilha quando experimentarmos uma situação tal qual falar em público ou, talvez, até numa simples situação de nos encontrarmos com uma única pessoa, só que "ao vivo".


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