sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Motivação e a eterna busca pelo prazer.

A gente vê na vitrine, gosta, compra, usa e sente-se bem. Em pouco tempo vai repetir o ciclo. Não é porque aquilo que tinha comprado antes deixou de ser bom, mas porque não lhe causa a mesma sensação de "sentir-se bem". 

E assim somos nós: seres na busca constante do "prazer", do "sentir-se bem". 

Todos sabemos que a alavanca que nos empurra nessa busca pelo prazer é o que chamamos de "motivação". Resumidamente, a motivação é o resultado do movimento provocado pelas nossas emoções.

Em outras palavras, quando estamos motivados significa que as emoções pelas quais estamos tomados são boas. Por outro lado, obviamente, quando estamos desmotivados, significa que fomos tomados por emoções ruins ou, pelo menos, não tão boas, a ponto de termos energia para mudar alguma coisa.
Bem, se funciona assim, então há uma salvação para quem se sente desmotivado: basta mudar as emoções ruins para emoções boas...é simples !!!
Simples? Claro que não é tão simples, mas, pelo menos, a gente sabe que é assim que funciona.

Na verdade todos nós conhecemos esse mecanismo de forma instintiva, pois nossa natureza exige sempre o prazer. Ou seja, sempre que nossa motivação diminui, nós demandamos um esforço quase automático para que ela volte. Essa reação usa recursos até dos mais imediatistas, tal como comprar uma roupa nova. 

Mas esse esforço, na maioria das vezes, não é suficiente para que a motivação reapareça. Além disso, todo esforço consome energia, o que gera cansaço e esse cansaço, o qual se confunde com preguiça ou desânimo, faz com que as pessoas tendam a permanecer onde estão, como se estivessem "enraizadas" na situação, seja ela profissional ou afetiva. 

Então o que fazer?
Sabemos que a chave é mudar as emoções, mas como fazer isso de forma consciente?

A resposta é difícil, mas a solução está longe de ser impossível: a saída está em variar aquilo que puder variar. Em termos práticos, variar significa mudar pensamentos e comportamentos de uma forma consciente.
Veja algumas coisas que você pode fazer para mudar pensamentos ou comportamentos que geram emoções ruins, as quais, por consequência, o deixam desmotivado:
  • Fique longe das músicas e dos lugares que fazem você lembrar dos bons e velhos tempos ou que relembrem aquela ou aquelas pessoas que saíram da sua vida, das quais tanto sente a falta. 
  • Evite assistir filmes dramáticos e tristes. 
  • Mude seus interlocutores para pessoas que não saibam tanto da sua vida, assim não correrá o risco de alguém trazer à pauta o seu problema. 
  • Tire uns dias e viaje para um lugar novo. 
  • Dê oportunidade para aquelas pessoas que estão sempre convidando você pra bater um papo. 
  • Leia notícias diferentes das que costuma ler. 
  • Não se compare a ninguém, aliás, a "grama do vizinho é sempre mais verde", lembra?
  • Quebre de vez em quando a rotina diária de alguma forma.
  • Estabeleça um objetivo que lhe traga algum prazer e dê o primeiro passo na sua direção. 
Por mais banal que alguns desses itens possam parecer, mudanças conscientes estimulam o cérebro, exigindo que ele trabalhe de uma forma diferente do "piloto automático" ao qual está submetido.

Aliás, não existe alguém que tenha saído de uma situação desmotivante sem que fizesse algo para mudá-la e isso é decisivo. Essa mudança é importante porque nossas crenças nos prendem a pensamentos e comportamentos que se repetem todo o tempo. 

Então faça uma lista do que pode mudar e cada item dela chame de objetivo, pois não existe motivação sem ter um. Em seguida, pegue um dos objetivos e dê o primeiro passo. O primeiro passo é importante porque o resultado dele já lhe trará algo diferente. Por menor que seja esse retorno, ele acenderá uma luz no fim do túnel.

E já que o assunto é motivação, assista ao vídeo sobre o assunto. Espero que goste.

by Dalton Cortucci




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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Neurociência: Mudando um padrão indesejado.

Uma regra fundamental na Neurociência diz que "células nervosas acionadas juntas permanecem juntas". Se fizermos algo uma única vez, uma coleção de neurônios livres formará uma rede, mas quando alguma ação ocorre seguidamente as células nervosas desenvolvem uma conexão cada vez mais forte e se torna progressivamente mais fácil acionar aquela rede.

Se acionarmos repetidamente as redes neurais, os hábitos ficam cada vez mais estruturados no cérebro e se tornam difíceis de mudar. À medida que uma conexão é usada muitas vezes, ela fica mais forte e mais estabelecida. Isso pode ser uma vantagem, porque é assim que aprendemos e nos condicionamos.  Por outro lado, essa rigidez torna muito mais difícil se pretendermos mudar alguma coisa, caso esse aprendizado ou condicionamento nos traga algo indesejável.



Felizmente existe o reverso: células nervosas que não são acionadas juntas não permanecem juntas. Perdem o relacionamento de longo prazo. Toda vez que interrompemos o processo físico ou mental habitual refletido por uma rede neural, as células nervosas ou grupos de células ligados uns aos outros, começarão a desfazer seus relacionamentos. 

Analogamente, seria o mesmo que mudar de endereço afastando-se de seus vizinhos. Você se muda e promete mandar cartões postais para manter a amizade e contar o que anda fazendo. Mas com o passar do tempo passa a mandar somente no Natal e o relacionamento vai enfraquecendo. 

Esse efeito é um reflexo exato do que se passa dentro do cérebro; à medida que você pensa cada vez menos nos vizinhos, as conexões das redes neurais diminuem até não haver mais nenhuma conexão. Isso libera as células para formarem novas ligações provocando a quebra de antigos padrões.

Sendo assim, se houver alguma crença que o incomoda e/ou comportamento que desejaria mudar, mude o pensamento cada vez que a crença lhe vier à cabeça e/ou force um comportamento diferente quando se sentir impulsionado por aquele indesejado.

Um exemplo simples é aquela mania de pensar mal do outro só porque ele é melhor do que você em alguma coisa. Ou então aquele comentário descartável quando se sente tomado pela inveja. A saída é mudar sua atenção para outra coisa e fechar a boca, pois ao evitar a repetição disso quebrará o padrão e propiciará a criação de um novo e bem mais saudável.

by Dalton Cortucci


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